sábado, 12 de abril de 2008

quem sou eu?!

eu sou como o branco: uma mistura de todas as cores com todas as suas significações, que no final termina em nada... sou a síntese do nada! nada cura meus problemas... nem o bem, nem o mal: nada me representa nesse momento, nehuma cor, nenhum sabor... minha vida se confunde no branco: uma folha em branco pra ser escrita..... antes era como o filtro de cigarro, que branco, se amarelou, acumulando muita coisa ruim... eis aqui um novo cigarro! a vida não foi feita pra mim: foda-se! vou vivê-la mesmo assim! e assim nada será tão branco: está na hora de me sujar novamente!!!!!!

Na época que eu era Marxista e Otimista!!!! rs...

A ideologia é um dos conceitos mais complexos da filosofia e das ciências sociais, incluindo nestas a educação, e, é também, um dos mais relevantes na abordagem do comportamento e pensamento social. A partir de tal conceito, pretendemos no presente trabalho, abordar e analisar o pensamento e as concepções dos licenciandos em química da UFG, neste incluo todo o seu espectro, ou seja, dos alunos que acabaram de fazer a escolha por licenciatura àqueles que estão se graduando, em aspectos relevantes na ação docente.
O professor, como tal, deve possuir uma visão crítica do mundo, da sociedade e principalmente de sua prática docente, e, deve este, tentar ao máximo se esquivar das visões distorcidas do real. Tal profissional precisa ter consciência de seu papel político na sociedade, para que, a partir disto, seja capaz de formar cidadãos. Mas que cidadão? Em que deve acreditar este cidadão?
Os interrogantes acima tocam num ponto crucial de nosso trabalho: que o pensamento do professor está rodeado de aspectos ideológicos e sua prática docente vai reproduzir tal consciência social em larga escala, ou seja, se o professor tiver uma visão distorcida da realidade, provavelmente os alunos internalizarão tais concepções. O professor para formar cidadãos, antes de tudo, deve ser ele um cidadão, e nesse caso, até mesmo o conceito de cidadão deve ser discutido: é cidadão aquele que aceita a realidade como algo natural e dado, ou seja, algo do qual nós somos reféns e temos que aceitar e nos adaptar; ou, então, é cidadão aquele que questiona a realidade como algo produzido e que pode e deve ser questionado e, além disso, transformado. Se o próprio professor não questiona a sociedade, o segundo modelo de cidadão jamais será atingido.
O professor é antes de tudo um dos agentes da reprodução ideológica da consciência social. A partir do momento que este só tem uma visão aparente, limitada e não crítica da sociedade, tal profissional reproduz os valores, preconceitos, ou seja, a ideologia da sociedade neoliberal burguesa. Aparentemente, este é o modelo de professor que está nas salas de aula e o reflexo disto é a própria sociedade como um todo: formada por indivíduos alienados, acomodados, coisificados, ou seja, sem consciência de si.
Não queremos com isso atribuir toda a culpa do mundo nos professores, e, de certa forma isso seria um grande despautério. Os professores são também personagens coisificados da nossa sociedade, sendo estes, desvalorizados e, por isso, desiludidos. O problema está muito além da prática docente, sendo que esta, por sinal, não passa de uma esfera subjugada pela grande infra-estrutural social. Todos nós somos condicionados pelas relações econômicas que regem todas as outras estruturas. O subjetivo perde todo seu valor, e o ser humano se torna uma mercadoria como outra qualquer, passando este a se comportar como uma coisa.
Apesar da culpa não ser de fato do professor, este é o único que pode mudar ou, pelo menos, fazer alguma coisa. Antes de tudo o professor deve ser um intelectual. Deve ser questionador, questionando a sociedade, o valor do homem nesta, até mesma a própria ciência, sendo tal professor, não apenas um sujeito apático, e sim, um cidadão que nunca se tornará um refém do sistema educacional. Para isso o professor formado deve se livrar da análise imediata das coisas, fugir o máximo do senso comum e se aproximar do real.
Na pesquisa proposta, pretendemos analisar as concepções ideológicas dos licenciandos, futuros professores, ou que, por muitas vezes já lecionam, desde os recém ingressados na licenciatura até os que estão no ápice da formatura. A intenção disto é analisar a relevância das disciplinas de educação na formação dos professores comparando os primeiros com os últimos. As disciplinas, quanto à sua relevância deve ser questionada, tanto quanto a professores, o conteúdo abordado e, até mesmo, a própria grade.
A importância desta investigação está no desvendamento do caráter da formação que os professores de química do aluno do nosso instituto. Não quero também atribuir à culpa total dos problemas educacionais para os institutos de formação dos futuros docentes. O problema da formação intelectual está muito além das instituições citadas; o aluno já ingressa na faculdade com muitas concepções e discursos internalizados, sendo que este, não é e nunca será uma folha em branco a ser escrita. Ao contrário, os alunos possuem uma subjetividade que deve ser levada em conta na avaliação do ensino.
Para que a investigação não seja incompleta, precisa ser analisado também o caráter formativo das disciplinas de cunho técnico, pois as concepções de ciência e de prática docente por parte do licenciando muitas vezes estão intimamente ligada às aulas que este teve durante a sua formação acadêmica, e, sendo que este processo, acontece geralmente de forma inconsciente, pois o homem aprende muitas vezes por imitação.

sobre a preguiça!!!

O assunto abordado aqui não se trata de algo de minha preferência, muito pelo contrário, se trata de algo que muito me incomoda e com o qual luto diariamente e porque não dizer: lutarei eternamente. Imagino eu que não seja o único que nasceu com essa “dádiva”, e, portanto, acho que se trata de um assunto de todos.
No momento em que escrevo este texto estou passando por um enfadonho processo de digestão, minhas pálpebras insistem em querer cair, meus dedos formigam como se pedissem, e não seria muito neste caso usar o verbo implorar, para que eu, um oposto dentro de mim mesmo, pare de pensar e produzir – fazer um texto sobre a preguiça também se trata de uma produção intelectual – há, portanto, claramente uma crise entre corpo e pensamento mediada pela preguiça.
Decidi fazer este texto, pois, estava a fim de escrever alguma coisa sobre algo, e, depois de um “maravilhoso” almoço no RU, nada é mais presente em mim que a preguiça. Mas o que é a preguiça? Será algo natural do homem? Até onde vai seu poder? O que ela pode nos forçar a não fazer?
Podemos tratar a preguiça de uma maneira filosófica? Não posso afirmar. Posso afirmar apenas que...
Bom, no dia que comecei a escrever este texto, estava com tanta preguiça que acabei sendo derrotado novamente por ela. Mas, tentando continuar de onde parei, a preguiça pode ser tratada de uma maneira puramente filosófica? Não posso afirmar com certeza, mas é o que tentarei, de forma ousada e muitas vezes debochada, fazer neste texto.
O que presenciamos durante toda a história do homem é uma grande onda de preguiça: preguiça de pensar, preguiça de mudar, preguiça de ler e de escrever... Ao contrário de muitos pensadores que acreditam que o homem sempre, e é de sua natura, foi um eterno curioso, para mim o homem foi sempre um eterno preguiçoso. No domingo que antecedeu a minha determina busca por escrever estava muito cansado e deixei de estudar pra uma prova que seria dada no outro dia. O resultado é que acabei não fazendo a prova e me prejudicando na matéria. Eu sabia qual seria a punição se não estudasse pra esta prova, mas a preguiça foi de uma determinada força com uma tal magnitude que foi muito mais forte que a minha razão.
Os alunos de ensino médio sabem o quanto é importante se dedicar nesta fase da vida, sabem que talvez seja a única forma de ascensão social, a única chance! Será que a culpa é apenas do sistema? Ou da alienação? Ou há também um “pouquinho” de preguiça?
Talvez haja varias respostas a esta pergunta. Não conheço nenhuma. Parto da meu pensamento tentando, talvez de forma inútil ou errônea, pensar por mim mesmo. Em fim, estou com fome e muita preguiça. Vou parar por aqui para almoçar e em outra oportunidade continuo esta “viagem na maionese”.

Escrever?!

Escrever?! Pra escrever... sempre que penso em personagens densos e loucos, me vem à cabeça escritores insaciáveis... pessoas que precisam descrever seus mundos insanos, doentios, como se fosse a única forma de exteriorizar tudo aquilo: cuspir pra fora em palavras tortas e desviantes. Penso muitas vezes que escrever é uma, ou talvez a única, forma de auto-conhecimento. Digo isso porque, escrevendo, nós podemos aprofundar no nosso eu, atingir a essência – não sei se podemos achar soluções – enfim, nunca fui uma pessoa prática. Risos.
Fazia tempo que queria começar a escrever, mas não sabia o quê e sempre me faltou coragem... achava engraçado uma pessoa já com seus 23 anos começar a escrever um diário ou algo parecido... mas aí pensei: por que não? Eu não morri ainda, e sempre é tempo de começar, recomeçar... deixemos de lado essa compulsoriedade pela juventude e pela fixidez das etapas! Essas coisas ainda são válidas pra qualquer etapa da vida, pois, a vida, e o que fazer com ela é algo subjetivo! Nós que decidimos!
E eu decidi escrever – pelo menos acho que decidi... nunca tenho muita certeza das coisas que eu faço – e vou fazê-lo, não porque tenho dom artístico, mas porque tenho muitos fantasmas a serem exorcizados! Muitos dilemas! Muitas crises! Eu escrevo por ser egoísta e egocêntrico... porque cansei de tentar conversar com as pessoas e não conseguir ser ouvido. Vivemos numa sociedade na qual as pessoas não enxergam as outras, só seu próprio umbigo... individualista é pouco! Nós só podemos conversar com nós mesmos... confiar em nós mesmos! E despejar tudo numa folha de papel, ou, na tela de um computador. Risos! Quando digo isso, não me excluo desse conjunto de pessoas que critico... eu sou um ser social, vivo em sociedade, constituo e sou constituído nesta!
Enfim... comecei a escrever – agora uma resposta não tão poética – porque ando triste, sozinho, magro, cansado... velho (pelo menos em pensamento). Sinto-me um corpo abjeto, não por ser gordo e disforme, ou, por ser magro ao extremo... não sou algo extremado... sou uma pessoa média que acha que tem alguma profundidade... que escreve com um português errado e o corretor automático do computador insiste em cumprir sua função. Situando no tempo e no espaço, moro no centro de Goiânia e hoje é “comemorado” o dia dos finados: Goiânia, 02/11/2007. Fui sintético pra evitar maiores descrições. Fui direto ao ponto! Não vamos perder tempo com datas! Números... pra que tantos números?! A idade, de forma precipitada e afoita foi dita acima... mal de escritores iniciantes que não tem linearidade de idéias e não sabem sobre o que escrever: não passamos de jovens entediados, pseudo-intelectuais, chatos, críticos e não propositores! Ao mesmo tempo sou sobrevivente de Goiânia: uma cidade amorfa, quente, amarela, seca (chove muito pouco), no meio do Brasil – pra não dizer continente sul-americano – onde o mar nunca vai chegar (alguns dizem que o mar pode chegar em Minas ou Minas irá até o mar), cidade opressora, com sotaque feio, onde a “elite” é burra e conservadora, e mais: cafona! Risos! Moro em uma cidade provinciana.
Fico muito em casa... não sinto vontade de fazer quase nada aqui! Tudo parece ter sido feito... “e o que não foi não é”... até as coisas legais, já não são tão legais! Ao mesmo tempo, eu amo essa cidade. Não saberia viver em outro lugar. Sou um bicho acuado.